02/05/2019

O Brasil é o país mais atacado pelo trojan bancário Banload, que infecta o computador ou smartphone por meio de uma campanha de phishing disfarçada em downloads de episódios de seriados ou softwares. Segundo a ESET, 82,9% das infecções do Banload acontecem no Brasil. Quando o acesso legítimo é feito ao banco, o criminoso passa a ter acesso as funções bancárias da vítima

Também conhecido como “cavalo de Troia”, o trojan serve para roubar informações bancárias e realizar operações ilegais, além do sequestro de contas. Eles chegam até o usuário via email disfarçado: basta o usuário desatento acessar algum link ou descarregar arquivo para que a infecção seja iniciada.

De acordo com a ESET, muitos “arquivos sazonais” são gerados para enganar usuários. Normalmente, utilizando temas que são tendência. A empresa cita como exemplo: “Primeiro episódio da última temporada de Game of Thrones”, “Windows 10 Sem ativação pt_BR 64bits”, cracks para programas conhecidos como o Office, entre inúmeros outros.

O Banload é um trojan usado para carregar diversos tipos de malware. A ameaça mais detectada que utiliza o trojan, diz a ESET, é a família de malwares ClientMaximus — os arquivos maliciosos desta família compreendem 40% das atividades registradas entre janeiro e março de 2019.

Brasil é alvo principal

O que acontece após a infecção
Assim que a vítima acessa sites de uma das instituições bancárias que o malware está monitorando, o atacante pode tomar ações no host da vítima.

“Quando o acesso legítimo é feito ao banco, o criminoso passa a ter acesso as funções bancárias da vítima e pode manipulá-las como bem entender. Mesmo que o criminoso não tenha armazenado dados de sessão ou de login, ele ainda pode manter uma sessão com o banco através da vítima, ou pode aguardar até que a vítima faça outra transação em um dos sites monitorados para se apossar de mais recursos financeiros. Estes três passos também permitem que o criminoso possa configurar um meio de acesso permanente ao computador de sua vítima, fazendo com que as interações do usuário com o banco não sejam mais necessárias para que o controle ocorra”, explica a ESET.

Email falso

Para se proteger deste tipo de ameaça, você precisa seguir as dicas abaixo:
Não utilize software pirata nem faça uso de programas que realizam ativação clandestina, também conhecidos como cracks Sempre assista filmes e séries por meios oficiais, Fique atendo a todos os emails e observe se o remetente e os links presentes na mensagem pertencem realmente à empresa que eles dizem pertencer. Navegue por sites confiáveis ou tenha softwares capazes de filtrar a navegação para endereços suspeitos. Mantenha todos os softwares do computador ou smartphone em sua última versão disponibilizada pelo fabricante e com todas as atualizações de segurança instaladas.


Tenha cautela ao acessar links disponibilizados em aplicativos de troca de mensagens, como o WhatsApp – há uma grande quantidade de ameaças que se propagam dessa forma, mantenha os softwares de proteção sempre ativos.